Este trabalho tem por objetivo estudar a metaliteratura de Erico Verissimo bastante expressiva em sua produção qualificada como “escrita de si”, com foco especial em duas de suas obras – Solo de Clarineta vol. I e Gato Preto em Campo de Neve. Ainda que o autor não tenha declaradamente desejado fazer de suas memórias e de seus relatos de viagens uma explicação metaliterária, acerca do seu modus operandi, é impossível, através da leitura imanente de sua obra, desvincular um do outro. Para ressaltar esse vínculo, procurou-se estabelecer um diálogo entre o corpus escolhido e os aspectos intrínsecos dos textos, de onde se depreende a ideia de uma construção literária, com concepção autobiográfica, que inclui uma modulação crítica a respeito de seu procedimento artístico e intelectual que conduz à reflexividade do sujeito.